quarta-feira, 30 de abril de 2014
terça-feira, 29 de abril de 2014
AUTOR CONVIDADO
Carlos Eduardo Marcos
Bonfá nasceu em Socorro (SP) em 1984. É graduado em Letras, mestre e doutorando
em Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho” (UNESP). Colabora para a revista “Mallarmargens” e mantém o blog Beleza intrusa (www.carloseduardobonfa.blogspot.com).
Endereço eletrônico: ce.bonfa@terra.com.br
A FLOR NA PELE
Um
pesadelo de trepadeira-jade
Puxa
minha perna à meia sombra esgueirada.
Meu
desespero é que plantas
Se
esgueiram quase imperceptíveis.
Alguns
jardins me são paisagens de medo.
Que
espécie de florista amaldiçoou meu sono
E
minha vida na flor da idade?
Meu
sono azulado que se confunde
Com
o pesadelo trifoliado
De
uma beleza terrivelmente perolada,
Com
o pesadelo requintado de esmeralda?
Beija-flores
são atraídos para este pesadelo
De
condição pergolada.
Quando
o pesadelo desperta no espelho
Sente
sujeira até nos cabelos:
Caramanchão
de cara manchada
Lavada
em água marinha.
Uma
polifonia ameaça meus ouvidos
Com
asas de morcego
Incentivando
a polinização.
Como
polinizar nos sonhos?
As
vozes querem me dar esta função,
Querem
me dar asas.
Eu
cedo, cedo para fugir
Ou
para dar sentido a tudo isto.
Cedo
para invadir outros sonhos,
Me
comunicar com raízes
E
flores à flor da pele
Dos
homens cobertos com a areia do sono.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
VISÕES
Vejo a floresta de símbolos:
raízes e folhas,
palavras e vogais,
sussurros e sinais,
arquitetura de alfabetos
dissolvidos
no húmus do silêncio
semeando
rimas,mapas,veias,
desavenças,
roupas para nudez.
Posso ver
o solo aguardando
mãos e pés
misturando lama,
imprimindo vestígios
aos peregrinos
que podem ler
a tipografia do indizível.
(Poema publicado numa versão em língua inglesa na Índia).
( Ilustração de Cleber Pacheco).
raízes e folhas,
palavras e vogais,
sussurros e sinais,
arquitetura de alfabetos
dissolvidos
no húmus do silêncio
semeando
rimas,mapas,veias,
desavenças,
roupas para nudez.
Posso ver
o solo aguardando
mãos e pés
misturando lama,
imprimindo vestígios
aos peregrinos
que podem ler
a tipografia do indizível.
(Poema publicado numa versão em língua inglesa na Índia).
( Ilustração de Cleber Pacheco).
sábado, 26 de abril de 2014
XADREZ
O que vês
neste intervalo
entre torre e cavalo
é apenas o quadrado
que fica doutro lado
entre jogo e vazio
aquilo que no cio
oferece possível rota
para xeque ou derrota:
estando calado
é mais que um quadrado:
nada parecendo
pode ser ou fica sendo
(Ilustração de Cleber Pacheco)
(Poema do meu livro "Vida Reinventada")
neste intervalo
entre torre e cavalo
é apenas o quadrado
que fica doutro lado
entre jogo e vazio
aquilo que no cio
oferece possível rota
para xeque ou derrota:
estando calado
é mais que um quadrado:
nada parecendo
pode ser ou fica sendo
(Ilustração de Cleber Pacheco)
(Poema do meu livro "Vida Reinventada")
quinta-feira, 24 de abril de 2014
quarta-feira, 23 de abril de 2014
terça-feira, 22 de abril de 2014
TRILOGIA
Minha trilogia no gênero fantasia.Volume I ; Lemúria. Volume : Atlântida.Volume III : Índia e Brasil
A história gira em torno da busca pelo Conhecimento e o embate entre a Luz e as Trevas, o desenvolvimento espiritual da humanidade desde o passado até os dias de hoje. Um exercício de imaginação,mas com base em pesquisas na área da Teosofia,Alquimia,Budismo,Hinduísmo e Xamanismo.
domingo, 20 de abril de 2014
sábado, 19 de abril de 2014
TESOURO
Cavei
com ambas as mãos
a esterilidade da areia.
Não encontrei mar
nem vagas , ou rastro
de sereia.
Nas mãos
ficaram as conchas
das quais a morte
está cheia.
com ambas as mãos
a esterilidade da areia.
Não encontrei mar
nem vagas , ou rastro
de sereia.
Nas mãos
ficaram as conchas
das quais a morte
está cheia.
quinta-feira, 17 de abril de 2014
terça-feira, 15 de abril de 2014
NOVIDADES
* Meu trabalho na área das Artes também está indo favoravelmente. Meu desenho FREEDOM foi escolhido para ser publicado em revista de letras e artes nos Estados Unidos.
* Fiz diversas ilustrações para uma coletânea poética no Reino Unido.
* Fiz a capa para um livro de uma poeta da Índia. Sairá em Agosto.
* Escrevi o prefácio e ilustrações para outra poeta da Índia. Ainda a ser publicado.
* Em breve sairá minha entrevista para a revista GLAM.
* Fiz diversas ilustrações para uma coletânea poética no Reino Unido.
* Fiz a capa para um livro de uma poeta da Índia. Sairá em Agosto.
* Escrevi o prefácio e ilustrações para outra poeta da Índia. Ainda a ser publicado.
* Em breve sairá minha entrevista para a revista GLAM.
CLIMA
O amor traz
a chave,
o vento tranca
as portas.
O sentir traz
a semente,
a nuvem
nega
a chuva.
O coração traz
a palavra,
o inverno
a recobre
com neve.
a chave,
o vento tranca
as portas.
O sentir traz
a semente,
a nuvem
nega
a chuva.
O coração traz
a palavra,
o inverno
a recobre
com neve.
segunda-feira, 14 de abril de 2014
MISTÉRIO
O monge acende
a lâmpada noturna.
Nenhuma mariposa
quebra
o silêncio.
A chama
perturba
o nada.
Halo de asas.
a lâmpada noturna.
Nenhuma mariposa
quebra
o silêncio.
A chama
perturba
o nada.
Halo de asas.
sábado, 12 de abril de 2014
Conto: SOCORRO
Atendeu o pedido de socorro sem hesitar.Precisava evitar o desastre a qualquer custo. Desligou o telefone,fechou a casa e entrou no carro.
Não havia tempo a perder.
"Um caso de vida ou morte", dissera ele.
Assustada, girou a chave,afundando o pé no acelerador.
Se o perdesse,acabada estaria sua vida.
Correu pelas ruas e ganhou a estrada .Tensa, mergulhou numa confusão de sentimentos e pensamentos.
Iria salvá-lo.Iria salvar uma história de anos que não poderia ser perdida.
As mãos tremiam,dedos quase paralisados de pânico.
Horas depois, a polícia encontrou seu corpo sob as ferragens do carro.
Não havia tempo a perder.
"Um caso de vida ou morte", dissera ele.
Assustada, girou a chave,afundando o pé no acelerador.
Se o perdesse,acabada estaria sua vida.
Correu pelas ruas e ganhou a estrada .Tensa, mergulhou numa confusão de sentimentos e pensamentos.
Iria salvá-lo.Iria salvar uma história de anos que não poderia ser perdida.
As mãos tremiam,dedos quase paralisados de pânico.
Horas depois, a polícia encontrou seu corpo sob as ferragens do carro.
sexta-feira, 11 de abril de 2014
LIRAS
Por ora
o dia se sustenta
entre
o ruído das pedras
e o canto dos pássaros.
Acatam,
nossos ouvidos,
melodias
que nem mesmo
Orfeu
ousaria imaginar.
o dia se sustenta
entre
o ruído das pedras
e o canto dos pássaros.
Acatam,
nossos ouvidos,
melodias
que nem mesmo
Orfeu
ousaria imaginar.
quinta-feira, 10 de abril de 2014
DESPOJOS
Guardei
meus ossos quebrados
no fundo da gaveta.
Guardei
meus olhos partidos
no fundo da mala.
Quando
cremaram meu corpo,
recolhi as cinzas.
meus ossos quebrados
no fundo da gaveta.
Guardei
meus olhos partidos
no fundo da mala.
Quando
cremaram meu corpo,
recolhi as cinzas.
quarta-feira, 9 de abril de 2014
ORCHID ANATOMY
Meu livro de poesia ORCHID ANATOMY já está disponível.
Fiz a pintura para a capa e as ilustrações também. serviço completo.
Pode ser encontrado no endereço abaixo:
http://www.blurb.com/b/5215924-orchid-anatomy?pid=New
Fiz a pintura para a capa e as ilustrações também. serviço completo.
Pode ser encontrado no endereço abaixo:
http://www.blurb.com/b/5215924-orchid-anatomy?pid=New
terça-feira, 8 de abril de 2014
NOVO LIVRO
Depois de Enigmas,que já fou publicado,estou preparando um novo livro,desta vez em inglês, de poesia. O título é ORCHID ANATOMY. Fiz uma pintura em acrilíco para a capa e algumas ilustrações.
Os poemas tratam a respeito da arte da escrita, da beleza,das questões existencias e da morte.
O livro terá oitenta páginas e sairá em breve.
Publicado no Canadá.
Os poemas tratam a respeito da arte da escrita, da beleza,das questões existencias e da morte.
O livro terá oitenta páginas e sairá em breve.
Publicado no Canadá.
segunda-feira, 7 de abril de 2014
TALENTO
O barqueiro
aguarda o encontro
entre
vento e água
e inventa
novos remos
quando a calmaria
desinventa o barco.
aguarda o encontro
entre
vento e água
e inventa
novos remos
quando a calmaria
desinventa o barco.
sábado, 5 de abril de 2014
INVERNIA
A neve paralisa
velhas árvores.
O silêncio
é um fruto de gelo.
A antiguidade da morte
cristaliza
as asas
de corvos congelados.
velhas árvores.
O silêncio
é um fruto de gelo.
A antiguidade da morte
cristaliza
as asas
de corvos congelados.
sexta-feira, 4 de abril de 2014
VAZIO
Há muito tempo
os rouxinóis
abandonaram
os mandarins.
Ainda há servos
contemplando
gaiolas vazias.
os rouxinóis
abandonaram
os mandarins.
Ainda há servos
contemplando
gaiolas vazias.
quinta-feira, 3 de abril de 2014
INESPERADO
O músico
abandona os instrumentos
para ouvir
o som original.
Orfeu
despertando pedras,
a construir
catedrais de silêncio.
abandona os instrumentos
para ouvir
o som original.
Orfeu
despertando pedras,
a construir
catedrais de silêncio.
quarta-feira, 2 de abril de 2014
LIÇÃO
A nuvem desenha
mapas no azul
sem bússola
ou geografia.
Todos os quadrantes
acatam
a antiga história
do nada.
mapas no azul
sem bússola
ou geografia.
Todos os quadrantes
acatam
a antiga história
do nada.