quarta-feira, 28 de abril de 2021

Tradução

                                             


                                                         


   Sunita Prasad nasceu no belo paraíso chamado Goa, na costa oeste da Índia. Atualmente mora em Andhra Pradesh e é casada com um marinheiro. É professora e poeta. Ela gosta de ler, de jardinagem, ver noticiários e fazer amigos. Diversos poemas seus foram publicados em antologias nacionais e internacionais e em algumas revistas eletrônicas como Rain Party, Disaster Society,  Destiny Poets e Calliope Magazine.  

ESPAÇO-TEMPO 

Você é muito jovem

para medir 

os sulcos do tempo 

espalhados sobre a pele,

alguns flácidos, 

 alguns fendidos,

enrugados,

resistiram 

à mais tempestuosa dor,

às emoções mais fundas, 

ao mais macio dos toques, 

alguns endureceram quando 

o coração se dissolveu 

num oceano de traições.

Você é tão jovem 

para conhecer tais profundezas.

Seja forte 

para superar 

quando o subjugarem 

e se tornarem suas memórias.  


domingo, 25 de abril de 2021

Manuscritos Medievais

 Adoro livros antigos. Estou fazendo o curso a respeito de Manuscritos Medievais. Posto aqui a imagem de alguns belos exemplares. 

                                                                       Livro de música. 


                                                                   O godescalc evangeliary.


                                                                 Os evangelhos lindisfarme. 



                                                                             Livro redondo. 


   
                                                                           Livro das Horas. 



                                                          Livro em formato de flor de lis.  




                                                                          Horas Negras.  






segunda-feira, 19 de abril de 2021

Autor Convidado


 

Marcelo Mourão estudou História (UFRJ) e Letras (Língua Portuguesa e Literatura) (UNESA). É mestre e doutorando em Literatura Brasileira (UERJ). É também poeta, escritor, pesquisador, crítico literário e produtor cultural. Idealizou, produz e apresenta o sarau POLEM, iniciado em 2008. Criou o subgênero poético POEMEMES, que mescla a expressão poética com a linguagem dos memes. Desde 2021, é o vice-presidente da União Brasileira de Escritores (UBE). Há textos seus publicados em várias antologias, periódicos literários, sites e revistas acadêmicas, do Rio e de outros estados brasileiros. Possui cinco livros solo editados antes deste: O diário do camaleão, poesia (2009); Temas em literaturas de língua portuguesa: os diferentes olhares, crítica literária (2015); Máquina mundi, poesia (2016); Rotas e rostos: questões de literatura brasileira, crítica literária (2019); e Poememes, poesia (2021). Contatos: polem.rio@gmail.com 



 



domingo, 11 de abril de 2021

Livro Medieval


 Este é um exemplar de Codex Purpureus. Como a tinta usada para colorir as páginas era feita de moluscos e as letras, escritas em ouro ou prata, os livros eram caríssimos.

(Foto: Google imagens).

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Lançamento


 Trecho do prefácio que o escritor Marcelo Mourão escreveu para o meu novo romance que está em pré-venda na Editora Penalux: 

"Há muitas premissas que podem nos levar a crer que um simples texto deva ser classificado como uma genuína obra de arte e, não, um mero conjunto de palavras e parágrafos empilhados. A principal dessas premissas que, para mim, se faz presente em A missa dos insetos mortos é a sua qualidade inquestionável de nos causar espantos. Toda obra de arte que se preza precisa nos sacudir, nos tirar da tão propalada, nos dias de hoje, “zona de conforto”, tem que nos surpreender e, com isso, nos colocar para pensar.

Cleber Pacheco consegue exercer sua maestria tanto no conteúdo quanto na forma que optou por moldar este seu trabalho. No conteúdo, vejo, mais uma vez, este jovem (e talentoso) autor desenvolver temas que vêm sendo caros em sua obra: misticismo, forças ocultas, mundos paralelos, realidades metafísicas, mitologias inventadas (pelo próprio autor), ritos e mitos misturados e/ou reformulados, enfim, uma série de caracteres que poderiam muito bem rotular este seu livro como sendo de “realismo fantástico” ou puramente como uma obra de “fantasia”, mas, neste livro tão instigante, qualquer etiqueta, que se queira colar, não consegue adesão e acaba por cair por terra. De início, me veio a dúvida: este livro deve ser considerado um romance? Ou seria um antirromance, aos moldes de Claude Simon, Uwe Johnson, Julio Cortázar, Ana Hatherly e tantos outros? Seria um conto fantástico, com alguns elementos de terror soft? Difícil definir um único perfil para este trabalho, quando, conforme disse antes, essa obra nos espanta, nos sacode e, porque não dizer, nos dá uma espécie de choque." 

terça-feira, 6 de abril de 2021

Carta de Li Po à Lua


 

    Contemplo a imagem sobre o lago, só um reflexo. Iludo-me dizendo a mim mesmo é ela, a própria: alcancei-a. Quem diria. 

   Na noite seguinte, retorno ao mundo líquido, saudoso de sua luminescência e, inacessível, lá do alto,  assombra-me o seu fantasma enquanto insinua és tu o verdadeiro espectro

   Silente, ao recolhimento torno, consciente de que só em sonho tocarei seu âmago de precioso jade. 

(Livro publicado em 2011).