Sibila
Ninguém sabe
aonde nos levará
o sono com seus
e anáguas de bruma,
quais vestígios deixará
em nossas retinas,
em qual órgão
depositará o véu
que nos conduz
ao âmago mais preciso
do incerto,
devolvendo-nos
a inteireza
do que não tem nome
e ainda assim sustenta
as relíquias dum futuro
a destilar-se nas veias
do indeterminado,
sonho de sal e de pedra
refinando-se
em tábua sem mandamentos
num pronunciar de Sibila,
voz que só clama
no deserto
por ser plena
de carências e de lume,
fundo e superfície
do que não tem extremos
e que jamais abolirá
nosso modo de restituir
o perdido
àquilo que jamais
um dia se perdeu.
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