quarta-feira, 31 de agosto de 2016
terça-feira, 30 de agosto de 2016
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
ASSOVIE QUE VIREI de M. R. James
É a primeira vez que o autor M. R. James é traduzido no Brasil. Esta é mais uma grande iniciativa da editora PENALUX , que anteriormente publicou O Grande Deus Pã de Arthur Machen, também inédito por aqui até então.
Assovie que Virei é uma seleção de contos no gênero gótico, mais especificamente, de ghost stories (histórias de fantasmas) efetuada pelo tradutor do livro: Chico Lopes a partir da obra The Complete Ghost Stories of M. R. James.
São cinco contos realmente assustadores e criativos, onde o autor amplia e renova o gênero, explorando suas mais diversas possibilidades. Indo muito além das histórias de castelos e casas assombradas, M. R. James, um grande erudito, aborda, com talento e habilidade, o medo que já está presente na mente dos leitores, trazendo à tona temas que enriquecem o gótico: bruxaria, alquimia,Templários, elementos da natureza. Com isso, consegue expandir os caminhos de um gênero que foi criado no século XVIII por Horace Walpole e, posteriormente, desenvolvido por Ann Radcliffe, ambos ingleses. E teve autores importantes como Edgar Allan Poe, Algernon Blackwood e muitos outros.
Tive a alegria de mais uma vez fazer o prefácio. Desta vez realizei ainda a supervisão e as notas para esta edição. A orelha foi escrita por Cláudio Parreira. Revisão de Claudia Manzolillo e Francisco Carlos L.
O livro estará em pré-venda no site da editora Penalux agora em setembro.
Recomendado para os apreciadores do gênero, para quem gosta de literatura inglesa, para quem quer conhecer um autor talentoso e muito interessante.
Assovie que Virei é uma seleção de contos no gênero gótico, mais especificamente, de ghost stories (histórias de fantasmas) efetuada pelo tradutor do livro: Chico Lopes a partir da obra The Complete Ghost Stories of M. R. James.
São cinco contos realmente assustadores e criativos, onde o autor amplia e renova o gênero, explorando suas mais diversas possibilidades. Indo muito além das histórias de castelos e casas assombradas, M. R. James, um grande erudito, aborda, com talento e habilidade, o medo que já está presente na mente dos leitores, trazendo à tona temas que enriquecem o gótico: bruxaria, alquimia,Templários, elementos da natureza. Com isso, consegue expandir os caminhos de um gênero que foi criado no século XVIII por Horace Walpole e, posteriormente, desenvolvido por Ann Radcliffe, ambos ingleses. E teve autores importantes como Edgar Allan Poe, Algernon Blackwood e muitos outros.
Tive a alegria de mais uma vez fazer o prefácio. Desta vez realizei ainda a supervisão e as notas para esta edição. A orelha foi escrita por Cláudio Parreira. Revisão de Claudia Manzolillo e Francisco Carlos L.
O livro estará em pré-venda no site da editora Penalux agora em setembro.
Recomendado para os apreciadores do gênero, para quem gosta de literatura inglesa, para quem quer conhecer um autor talentoso e muito interessante.
sábado, 27 de agosto de 2016
PASSAGEM PARA A ÍNDIA de E. M. Forster
Tendo como alicerce o Mito da Caverna de Platão e abordando os conflitos culturais,raciais e do colonialismo, E. M. Forster escreveu um excelente romance: Passagem para a Índia.
Este clássico é muito atual. Basta pensarmos nos intrincados problemas que o século XXI enfrenta e percebemos que o livro é atemporal, consegue estender suas reflexões para qualquer época , analisando as feridas profundas do mundo dito civilizado.
A jovem inglesa Adela Quested e o indiano dr. Aziz representam a dificuldade de aproximação compreensão entre mundos diferentes, pautados pelo preconceito.
O texto mantém uma ambiguidade perfeita, realizada com maestria, deixando o leitor em dúvida quanto aos reais acontecimentos ocorridos nas grutas de Marabar.
Uma obra-prima que foi transformada em filme por David Lean. Um caso raro: o filme é tão bom quanto o livro.
Este clássico é muito atual. Basta pensarmos nos intrincados problemas que o século XXI enfrenta e percebemos que o livro é atemporal, consegue estender suas reflexões para qualquer época , analisando as feridas profundas do mundo dito civilizado.
A jovem inglesa Adela Quested e o indiano dr. Aziz representam a dificuldade de aproximação compreensão entre mundos diferentes, pautados pelo preconceito.
O texto mantém uma ambiguidade perfeita, realizada com maestria, deixando o leitor em dúvida quanto aos reais acontecimentos ocorridos nas grutas de Marabar.
Uma obra-prima que foi transformada em filme por David Lean. Um caso raro: o filme é tão bom quanto o livro.
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
Novidades
Em breve estará pronta nova tradução de histórias do gênero gótico pela editora Penalux. Trata-se de um autor que ainda não havia sido traduzido no Brasil até então. Como ocorreu em O Grande Deus Pã, fiz um cuidadoso prefácio que auxilia o leitor a situar-se para melhor aproveitar a leitura.
Em agosto é publicada na Índia a antologia Shakespeare as You Like It que contém o meu poema King Lear and The Fool, que foi selecionado.
No mês de outubro lanço o meu novo romance INTERSECÇÕES que também será publicado pela Penalux.
Uma das epígrafes do romance é:
" .. .as lendas, as fábulas, as estórias, os causos (...) todas estas cousas existem ; nós , que não temos a capacidade, a maturidade e a responsabilidade para entendê-las" .
Em agosto é publicada na Índia a antologia Shakespeare as You Like It que contém o meu poema King Lear and The Fool, que foi selecionado.
No mês de outubro lanço o meu novo romance INTERSECÇÕES que também será publicado pela Penalux.
Uma das epígrafes do romance é:
" .. .as lendas, as fábulas, as estórias, os causos (...) todas estas cousas existem ; nós , que não temos a capacidade, a maturidade e a responsabilidade para entendê-las" .
Kabral
Araújo
sábado, 20 de agosto de 2016
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
FLUXO
Esqueça
todos os poemas sobre a chuva.
Desvista-se
das fábulas,
reescreva
a Odisseia.
Reverencie
as nuvens,
invoque
a imprecisão dos instantes,
ignore
os vocabulários
até que sejam revelados
os sentidos todos
do anônimo e do genuíno.
Então deite-se
sob a chuva
e beba
água das poças
com a intensidade
de um cão danado.
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
terça-feira, 16 de agosto de 2016
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
sábado, 13 de agosto de 2016
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
O Texto
A ideia de texto como um tecido é perfeita. Ele é um todo orgânico,em que cada elemento se relaciona tanto com o antecedente quanto com o próximo. Um texto de qualidade é feito realmente de um tecer que vai criando uma forma complexa e única.Não há fórmulas prontas para se obter tal resultado. Cada texto é um caso único que,todavia, se entrelaça nos demais textos existentes.
Tudo conta:cada vírgula,cada palavra, cada frase e parágrafo.Cada página.
A criação de um texto é extremamente fluida e móvel. Todos os componentes possuem múltiplos significados e refazem significados num contexto que pode se modificar a cada leitura.
Todo livro é uma espécie de palimpsesto. Todos os livros dialogam entre si, fruto de um tear de palavras, formando uma biblioteca de pontos,linhas e sinais que se comunicam.
Todo escritor é tecelão a preparar o desenho do tapete.
(foto: Google imagens)
Tudo conta:cada vírgula,cada palavra, cada frase e parágrafo.Cada página.
A criação de um texto é extremamente fluida e móvel. Todos os componentes possuem múltiplos significados e refazem significados num contexto que pode se modificar a cada leitura.
Todo livro é uma espécie de palimpsesto. Todos os livros dialogam entre si, fruto de um tear de palavras, formando uma biblioteca de pontos,linhas e sinais que se comunicam.
Todo escritor é tecelão a preparar o desenho do tapete.
(foto: Google imagens)
terça-feira, 9 de agosto de 2016
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
A LUA NA SARJETA de David Goodis
Reli A Lua na Sarjeta de David Goodis recentemente e isso só confirmou o que eu já pensava do livro: realmente muito bom. História intensa, sintética,sem nada de supérfluo. Cada capítulo é certeiro. Autor do gênero noir, consegue retratar situações difíceis e interessantes, dramáticas.
William Kerrigan, estivador que vive no subúrbio, sofre a perda da irmã. Ele próprio não tem certeza se foi assassinato ou suicídio. Sabe apenas que ela foi estrupada e está morta. Ele não consegue se desvencilhar do sentimento de ódio,tristeza,revolta. Mesmo conhecendo Loretta e se apaixonando por ela.
Apesar do ambiente sórdido, há um toque de humor e um certo nonsense no capítulo dez,que nos faz rir por meio das personagens Frieda e Dora, duas alcoólatras inveteradas.
O final é amargo,como não poderia deixar de ser,tornando a história ainda mais contundente.
O livro é um bom exemplo da capacidade de síntese e de dramaticidade do autor. Foi adaptado para o cinema pelo diretor francês Jean-Jacques Beineix.
William Kerrigan, estivador que vive no subúrbio, sofre a perda da irmã. Ele próprio não tem certeza se foi assassinato ou suicídio. Sabe apenas que ela foi estrupada e está morta. Ele não consegue se desvencilhar do sentimento de ódio,tristeza,revolta. Mesmo conhecendo Loretta e se apaixonando por ela.
Apesar do ambiente sórdido, há um toque de humor e um certo nonsense no capítulo dez,que nos faz rir por meio das personagens Frieda e Dora, duas alcoólatras inveteradas.
O final é amargo,como não poderia deixar de ser,tornando a história ainda mais contundente.
O livro é um bom exemplo da capacidade de síntese e de dramaticidade do autor. Foi adaptado para o cinema pelo diretor francês Jean-Jacques Beineix.