sexta-feira, 31 de maio de 2013
quinta-feira, 30 de maio de 2013
terça-feira, 28 de maio de 2013
TEATRO
Trecho da minha peça teatral INTIMIDADES,que recebeu dois prêmios.Com o subtítulo de CENAS DA VIDA MODERNA,o texto é a respeito do encontro de um homem e de uma mulher numa estação.Desse encontro,resultam diálogos caracterizados pelo nonsense.Por meio do absurdo das palavras e ações,revela-se um pouco da vida de hoje.
HOMEM- Pior ainda é quando o chuveiro não funciona.
MULHER- Aí é mesmo terrível.Uma calamidade.Uma desgraça.
HOMEM- E o muro tá sempre pichado.
MULHER- Sempre.
HOMEM- E nunca há táxi em dia de chuva.
MULHER- Nunca.
HOMEM- E se a gente tropeça na rua,todo mundo ri.
MULHER- Todos.
HOMEM- E se a gente cai,gargalham até não poder mais.
MULHER- Até.
HOMEM- E se cai um botão da camisa,falta linha para costurar.
MULHER- Falta.
HOMEM- E se a gente machuca um dedo,sempre acaba por bater justamente aquele.
MULHER- Bate.
HOMEM- E se a gente quer soltar um arroto,tem sempre alguém por perto.
MULHER- Tem.
HOMEM- E se a gente tem um calo,sempre alguém pisa nele.
MULHER-Pisa.
HOMEM- E se a gente quer palitar os dentes,nunca encontra palito.
MULHER- Nunca.
HOMEM- E se a gente quer usar o saleiro,o sal está sempre grudado e não cai.
MULHER-Não.
HOMEM- E se a gente leva um guarda-chuva,nunca chove.Mas se a gente não leva,chove.
MULHER- É.
HOMEM- A vida é muito difícil.
HOMEM-Um problema.
MULHER-Uma catástrofe.
HOMEM- Uma luta.
MULHER-Uma desgraça
HOMEM-É.
HOMEM- Pior ainda é quando o chuveiro não funciona.
MULHER- Aí é mesmo terrível.Uma calamidade.Uma desgraça.
HOMEM- E o muro tá sempre pichado.
MULHER- Sempre.
HOMEM- E nunca há táxi em dia de chuva.
MULHER- Nunca.
HOMEM- E se a gente tropeça na rua,todo mundo ri.
MULHER- Todos.
HOMEM- E se a gente cai,gargalham até não poder mais.
MULHER- Até.
HOMEM- E se cai um botão da camisa,falta linha para costurar.
MULHER- Falta.
HOMEM- E se a gente machuca um dedo,sempre acaba por bater justamente aquele.
MULHER- Bate.
HOMEM- E se a gente quer soltar um arroto,tem sempre alguém por perto.
MULHER- Tem.
HOMEM- E se a gente tem um calo,sempre alguém pisa nele.
MULHER-Pisa.
HOMEM- E se a gente quer palitar os dentes,nunca encontra palito.
MULHER- Nunca.
HOMEM- E se a gente quer usar o saleiro,o sal está sempre grudado e não cai.
MULHER-Não.
HOMEM- E se a gente leva um guarda-chuva,nunca chove.Mas se a gente não leva,chove.
MULHER- É.
HOMEM- A vida é muito difícil.
HOMEM-Um problema.
MULHER-Uma catástrofe.
HOMEM- Uma luta.
MULHER-Uma desgraça
HOMEM-É.
sexta-feira, 24 de maio de 2013
SUGESTÕES DE LIVRO PARA LEITURA
1-BREVE ROMANCE DE SONHO- ARTHUR SCHNITZLER;
2-UMA FÁBULA-WILLIAM FAULKNER;
3-O RECURSO DO MÉTODO-ALEJO CARPENTIER;
4-ALEGRIA BREVE-VERGÍLIO FERREIRA;
5-BEL-AMI- GUY DE MAUPASSANT;
6-O FALECIDO MATIA PASCAL-LUIGI PIRANDELLO;
7-O TERCEIRO HOMEM-GRAHAM GREENE;
8-WERTHER-GOETHE;
9-A EPOPEIA DE GILGAMESH;
10-O LIVRO DA SELVA- RUDYARD KIPLING.
2-UMA FÁBULA-WILLIAM FAULKNER;
3-O RECURSO DO MÉTODO-ALEJO CARPENTIER;
4-ALEGRIA BREVE-VERGÍLIO FERREIRA;
5-BEL-AMI- GUY DE MAUPASSANT;
6-O FALECIDO MATIA PASCAL-LUIGI PIRANDELLO;
7-O TERCEIRO HOMEM-GRAHAM GREENE;
8-WERTHER-GOETHE;
9-A EPOPEIA DE GILGAMESH;
10-O LIVRO DA SELVA- RUDYARD KIPLING.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
ARCAICO
Para o sopro
e o orvalho
não pronuncia
a rosa
menos
que o rumor
-submerso-
de eras geológicas.
e o orvalho
não pronuncia
a rosa
menos
que o rumor
-submerso-
de eras geológicas.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
LEITURA & DIVAGAÇÃO
Este texto foi publicado originalmente no livro homônimo e é de autoria do escritor NELSON HOFFMANN.Coloco aqui trechos do original:
"A capa,que é do autor,já anuncia uma contraposição de faces,fusão,em preto e branco.Na contracapa,o alerta: ...os personagens se defrontam com seus próprios fantasmas...Na primeira orelha,uma síntese:Um homem,uma mulher,dois encontros.Entre um encontro e outro,um crime.
Fui à leitura.O livro divide-se em quatro partes,incluido o Intermezzo inicial.Depois, o Livro Um e Três com o título Apartamento; de permeio,o Livro Dois intitulado Praia.Todas as partes têm construção semelhante,partindo de uma situação-limite para chegar a uma explosão definitiva.Que,em verdade,nada define.Tudo continua como sempre foi.Recomeça,sem ter findado (...)
A angústia que perpassa o livro é verruma no cérebro da gente.Sufoca,deteriora,elimina qualquer chance de luz.Exterior.É um penetrar-se até o âmago mais recôndito.
No começo,quando comecei a leitura,pelo estilo e pelo modo narrativo,pareceu-me estar diante de um novo romance do nosso quase esquecido Reynadlo Moura (...)
Aos poucos,com o avanço da leitura,corifeus maiores foram-me surgindo.Havia um quê da angústia de Angústia,de Graciliano Ramos,e algo da loucura do Inferno de August Strindberg.Mas a pesada conciência de culpa e a incoercível necessidade de confissão e expiação impeliam-me ao Raskólnikov,de Dostoiévski em seu Crime e Casttigo.E terminei por encontrar-me,de repente e assustado,em O Morro dos Ventos Uivantes,com Emily Bronte e seus espectros de vida real (...)
E viuslumbrava: todo o Preto & Branco era um salto adiante na caminhada iniciada com Da Vida Discreta".
"
"A capa,que é do autor,já anuncia uma contraposição de faces,fusão,em preto e branco.Na contracapa,o alerta: ...os personagens se defrontam com seus próprios fantasmas...Na primeira orelha,uma síntese:Um homem,uma mulher,dois encontros.Entre um encontro e outro,um crime.
Fui à leitura.O livro divide-se em quatro partes,incluido o Intermezzo inicial.Depois, o Livro Um e Três com o título Apartamento; de permeio,o Livro Dois intitulado Praia.Todas as partes têm construção semelhante,partindo de uma situação-limite para chegar a uma explosão definitiva.Que,em verdade,nada define.Tudo continua como sempre foi.Recomeça,sem ter findado (...)
A angústia que perpassa o livro é verruma no cérebro da gente.Sufoca,deteriora,elimina qualquer chance de luz.Exterior.É um penetrar-se até o âmago mais recôndito.
No começo,quando comecei a leitura,pelo estilo e pelo modo narrativo,pareceu-me estar diante de um novo romance do nosso quase esquecido Reynadlo Moura (...)
Aos poucos,com o avanço da leitura,corifeus maiores foram-me surgindo.Havia um quê da angústia de Angústia,de Graciliano Ramos,e algo da loucura do Inferno de August Strindberg.Mas a pesada conciência de culpa e a incoercível necessidade de confissão e expiação impeliam-me ao Raskólnikov,de Dostoiévski em seu Crime e Casttigo.E terminei por encontrar-me,de repente e assustado,em O Morro dos Ventos Uivantes,com Emily Bronte e seus espectros de vida real (...)
E viuslumbrava: todo o Preto & Branco era um salto adiante na caminhada iniciada com Da Vida Discreta".
"
quarta-feira, 15 de maio de 2013
AUTOR CONVIDADO
O poema a seguir é de autoria de JEN WALLS.Ela mora em Saint Paul,Minnesota,Estados Unidos.Gosta de música,arte,de diferentes culturas.Está preparando o lançamento do seu primeiro livro de poesia no verão de 2013.FAÇO AQUI A TRADUÇÃO LIVRE DO POEMA.
POSTURA DE CRIANÇA
Desejando esvair-me em alívio,
encontro borbulhante fervor
ao retornar ao útero.
Ouvindo dentro da calmaria
os sons do coração do oceano
abrigando-me em oratórios.
Inclinando coração e cabeça,
buscando só a silente paz,
encurvando-me em fetal semente de amor.
Tocando com gratidão
o regresso à alegria da alma,
repousando na inteira entrega do coração.
POSTURA DE CRIANÇA
Desejando esvair-me em alívio,
encontro borbulhante fervor
ao retornar ao útero.
Ouvindo dentro da calmaria
os sons do coração do oceano
abrigando-me em oratórios.
Inclinando coração e cabeça,
buscando só a silente paz,
encurvando-me em fetal semente de amor.
Tocando com gratidão
o regresso à alegria da alma,
repousando na inteira entrega do coração.
terça-feira, 14 de maio de 2013
ILUSTRAÇÕES
Ilustrar livros é um trabalho gratificante.Tenho exercido um pouco desta atividade também.O primeiro livro que ilustrei foi O CÍRCULO de Cláudio B. Carlos,elaborando imagens para quatro contos do referido autor.
Depois disso,fiz cinco ilustrações para a antologia poética MUSINGS:A MOSAIC, na Índia.Tenho ainda um poema publicado nesta obra.
Recentemente tive uma ilustração publicada na EFICTION INDIA MAGAZINE.
Fiz ainda as ilustrações para o livro FLOWING FLOW,de Sarala Ram Kamal,que sairá em breve,também na Índia.
No entanto,os primeiros trabalhos publicados foram,de fato, os desenhos para as capas dos meus três primeiros livros:DA VIDA DISCRETA,PRETO&BRANCO e VANESSA.
Espero poder realizar mais atividades nesta área,pois as artes plásticas sempre me interessaram.
Depois disso,fiz cinco ilustrações para a antologia poética MUSINGS:A MOSAIC, na Índia.Tenho ainda um poema publicado nesta obra.
Recentemente tive uma ilustração publicada na EFICTION INDIA MAGAZINE.
Fiz ainda as ilustrações para o livro FLOWING FLOW,de Sarala Ram Kamal,que sairá em breve,também na Índia.
No entanto,os primeiros trabalhos publicados foram,de fato, os desenhos para as capas dos meus três primeiros livros:DA VIDA DISCRETA,PRETO&BRANCO e VANESSA.
Espero poder realizar mais atividades nesta área,pois as artes plásticas sempre me interessaram.
sábado, 11 de maio de 2013
quinta-feira, 9 de maio de 2013
LIVRO PARA A UNICEF
MEU POEMA "YOUTH" FOI SELECIONADO E ESTÁ NO LIVRO DESTINY TO WRITE FOR UNICEF,CUJAS VENDAS SERÃO REVERTIDAS,EVIDENTEMENTE, PARA A UNICEF,QUE O DESTINARÁ PARA AUXILIXAR AS CRIANÇAS DA ÁFRICA.
É MUITO BOM PODER UNIR A POESIA À AÇÃO,O ÚTIL AO AGRADÁVEL PARA AUXILIAR QUEM PRECISA.
POETAS DE DIVERSOS PAÍSES PARTICIPAM.
O LIVRO FOI PREPARADO NA INGLATERRA E JÁ ESTÁ À VENDA.
É MUITO BOM PODER UNIR A POESIA À AÇÃO,O ÚTIL AO AGRADÁVEL PARA AUXILIAR QUEM PRECISA.
POETAS DE DIVERSOS PAÍSES PARTICIPAM.
O LIVRO FOI PREPARADO NA INGLATERRA E JÁ ESTÁ À VENDA.
segunda-feira, 6 de maio de 2013
CRÍTICA FAVORÁVEL NOS ESTADOS UNIDOS
Meu livro Mysteries que foi publicado recentemente nos Estados Unidos recebeu um artigo altamente elogioso de Michael Berstein.O referido crítico comenta que o livro remete à antiga tradição poética contemplativa com uma linguagem moderna.Ele compara os poemas a uma estética Zen ,mas calcada no mundo tamgível ,sem ser didática,com uma reelaboração da linguagem poética.
Ele finaliza o artigo dizendo que os poemas realizam uma síntese do clássico e do contemporâneo,tornando a poética dinãmica,engajada,desafiadora e,de fato,belamente escrita.Fortemente recomendado,conclui ele.
Ele finaliza o artigo dizendo que os poemas realizam uma síntese do clássico e do contemporâneo,tornando a poética dinãmica,engajada,desafiadora e,de fato,belamente escrita.Fortemente recomendado,conclui ele.
sábado, 4 de maio de 2013
OS TALENTOS DA ÁGUA
O fluxo,a medida,
fonte
no rumor do líquido,
diagnóstico das formas
sem contorno,
repouso e pasmo
em ebulição intravenosa,
repositório de enigmas
distendendo-se no espírito
da intersecção do heterogêneo;
diatribe sinfônica
tecendo ruídos
no bordado do aquoso,
invólucro do insípido
a criar o protéico.
Dia,noite,madrugada,
intervalo,
tudo cabe
em seus vasos comunicantes;
superfície e profundeza
revertendo os avessos
anônimos do íntimo.
fonte
no rumor do líquido,
diagnóstico das formas
sem contorno,
repouso e pasmo
em ebulição intravenosa,
repositório de enigmas
distendendo-se no espírito
da intersecção do heterogêneo;
diatribe sinfônica
tecendo ruídos
no bordado do aquoso,
invólucro do insípido
a criar o protéico.
Dia,noite,madrugada,
intervalo,
tudo cabe
em seus vasos comunicantes;
superfície e profundeza
revertendo os avessos
anônimos do íntimo.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
SORRISO
RETER A BRUMA
REQUER TALENTO.
VOCÊ PODE ENTENDER
ÁGUA,VENTO
E SUAS EQUAÇÕES:
NÃO É SUFICIENTE.
SE VOCÊ SABE TUDO
A RESPEITO DO CLIMA
E DOS CAMINHOS QUE INFLAMAM
FRIO,CALOR,
DEPURATIVOS VAPORES DO ÊXTASE
INFILTRAM CHAMAS
NAS CAVIDADES DO SOPRO,
RESPIRAÇÃO A FECUNDAR
SERENA SIMBIOSE DE
AR E ALEGRIA.
QUANDO O CORAÇÃO
FLUI
NA CORRENTEZA,
TORNA-SE BRUMA
VIBRANDO
NA CLARIDADE ´
DA INCÓGNITA DE UM SORRISO.
REQUER TALENTO.
VOCÊ PODE ENTENDER
ÁGUA,VENTO
E SUAS EQUAÇÕES:
NÃO É SUFICIENTE.
SE VOCÊ SABE TUDO
A RESPEITO DO CLIMA
E DOS CAMINHOS QUE INFLAMAM
FRIO,CALOR,
DEPURATIVOS VAPORES DO ÊXTASE
INFILTRAM CHAMAS
NAS CAVIDADES DO SOPRO,
RESPIRAÇÃO A FECUNDAR
SERENA SIMBIOSE DE
AR E ALEGRIA.
QUANDO O CORAÇÃO
FLUI
NA CORRENTEZA,
TORNA-SE BRUMA
VIBRANDO
NA CLARIDADE ´
DA INCÓGNITA DE UM SORRISO.