sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Poema

  
 Ossos e sol, o descarnado.
   No osso, o alvitre do ferimento, a marca, negação do supérfluo.
   Dureza indócil,  resgate do nada, testemunho de um silêncio
que ignora o mundo.
   Sol e ossos, o polido.
   O lume a fitar as coisas, a empanar seu brilho nas fímbrias do opaco.
  O vítreo a expelir a face do ocaso.



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