AUTOR CONVIDADO
Alguns poemas de autoria de Lourença Lou. Ela publicou o livro Equilibrista pela Editora Penalux.
amar: advérbio de modo
inevitável
perambular sem rótulo
à beira do pop
escutando blues
inevitável
perder-se no rock
do amor inventado
cazuzando azuis
inevitável
dissociar sem dor
o eu do nós
(evitável
permanecer casmurro
sonhando capitu)
à janela do quarto de dormir
devorando vazios
esqueço-me
numa espera inexistente
lá fora
a madrugada geme
a solidão da rua
nada há
além do silêncio
que se instalou na memória
alguns dias
não foram feitos para nascer
herdeiros do amanhã
pensava que caminhar
era só uma questão
de entender-se com os pés
descobri
que caminhamos
para evitar o
desentendimento
entre os saltos e os tombos
seguir em frente
é romper com o medo das
manhãs
amar: advérbio de modo
inevitável
perambular sem rótulo
à beira do pop
escutando blues
inevitável
perder-se no rock
do amor inventado
cazuzando azuis
inevitável
dissociar sem dor
o eu do nós
(evitável
permanecer casmurro
sonhando capitu)
à janela do quarto de dormir
devorando vazios
esqueço-me
numa espera inexistente
lá fora
a madrugada geme
a solidão da rua
nada há
além do silêncio
que se instalou na memória
alguns dias
não foram feitos para nascer
herdeiros do amanhã
pensava que caminhar
era só uma questão
de entender-se com os pés
descobri
que caminhamos
para evitar o
desentendimento
entre os saltos e os tombos
seguir em frente
é romper com o medo das
manhãs
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