Autor Convidado
Katito Kamwenho nasceu em Luena, Moxico, em 5 de Outubro de 2004. É escritor e redactor. Passou a sua infância em Kawango e posteriormente mudou-se para Luanda, onde estudou o ensino primário e secundário. No Instituto Médio Comercial de Luanda (IMCL), está cursando o Técnico de Finanças. Kamwenho escreve crónica e ensaio que exploram variedades de temas, incluindo questões sociais, educacionais, culturais e experiências pessoais. Possui formação em Oratória e Comunicação pela Muanda Invest, Programação Neurolinguística Básica, Recolocação Profissional e Raciocínio Lógico Básico pela Escola Educação Cursos, além de Princípios da Literatura pela WR Educacional. É autor do texto “Af-rui-ka”. Recebeu reconhecimentos de comunidades literárias de Portugal, Brasil, Panamá e México, como o Mérito Poético da Poesia em Família (2024), a 4ª Honra ao Mérito da Web Poesia (2024), a Honra Joaquim Ganhão (2024), a Joya de Diamante Con Cinta de Oro da Poesías y Frases Bonitas (2024), o Reconhecimento da Unión Mundial de Poetas Escritores México y El Mundo (2024) e o Reconhecimento da Corporação de Literatura e Artes Brasileira Caneta Dourada (2024).
AF-RUI-KA
Af-rui-ka é o berço da humanidade, antes mas depois dominada pelo neoimperialismo. Na real, o cego pisca, só que finge não ver; o surdo escuta, mas finge não ouvir ela, que, na estranheza, é uma pobreza invejada pela riqueza. Por outro lado, subentende-se, porém, que, a etiqueta incutida parece não fazer efeito, mas não adianta explicar o concreto, porquanto a poesia é sentida e nua nesta injustiça inexplicável.
África, que é o terceiro continente mais extenso, é o dobro energético-climático-trópico da negritude beleza-certeza-boniteza; é o paraíso do útero que espelha rumores do nascimento da espécie humana, onde foram encontrados os primeiros fósseis, disseminados pela caverna; é o território terrestre que possui o ponto mais alto de Kilimanjaro. Não obstante, desenhada de grande diversidade étnica, cultural, social e política.
Áfrika fala um vasto número de línguas distintas, pratica diferentes religiões, coabita em um milheiro de tipos de habitações e, apesar das makas de uma expectativa de vida anã, subnutrição e analfabetismo, há uma gigantesca inteligência como a de um golfinho, que se relaciona em um amplo leque de actividade económica e brilha volumosa com sua cultura: a arte, a música, a dança, a culinária e a vestimenta.
Agora, vejamos, se Af-rui-ka é um dos continentes mais miseráveis do cosmos, por que pelo qual os países mais desenvolvidos doutras esquinas, de vida razoável e ou de qualidade, buscam suas riquezas nela, uma vez que também é subentendida como mero bolso de subdesenvolvimento? A brincadeira de mal gosto é o retrato do egoísmo. Pecaminoso é preconceber e bisbilhotar a carteira do outro sem o seu consentimento.
O nativo africano ontem lutava contra o colonialismo, e hoje ainda encara o racismo. Onde o europeu, de rótulo mandioca, que até casca castanha expulsa, sob a rejeição do coitado carvão. Mas, uma zebra sensitiva e de sã consciência como Af-rui-ka, jamais revoltar-se-á com o tom da pele humana, ela apenas unifica as raças, as semelhanças e diferenças culturais. Quer dizer, o momento oportuno é o paradoxo da ignorância, exploram bastante o neuro afrikano e, de seguida, somem do mapa com a luxúria alheia. Já chega. Af-rui-ka não é marioneta. Áfrika é terra solidária, e não capitalista com milionários a encenarem gimolas.
postado por cleber pacheco às 11:17
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial