sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Poema de Aricy Curvello

CÉZANNE

Jamais quis pintar
como um animal

porém
na dimensão de reservas,inesgotáveis:
a do mundo em sua espessura
(não só as palavras em discurso).

Massa sem lacuna:
um organismo de cores.
A vibração das aparências não é o berço das coisas.
Escrevia enquanto pintor
o que não havia sido pintado ainda.

(A criação do que existe é uma tarefa infinita).

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