Novo livro
Trecho do prefácio escrito pelo poeta, microcontista e tradutor José Eduardo Degrazia:
" Debruçar-se sobre os poemas de Arte Rupestre de Cleber Pacheco é procurar entender a intencionalidade do Autor. Na materialidade das escavações poéticas, entre pedras, ossos, artefatos e dejetos – o universo se manifesta no que sobra do que antes foi vida, cultura, a própria natureza se desfazendo no eterno fluir do mundo heraclitiniano. Não é à toa que o poeta nos diz num dos seus poemas: Fluxo./Em cada ponto nasce, sem corpo e avesso. É, sem dúvida nenhuma, poesia hermética, cifrada na mitologia, na filosofia grega, e na cabala. A própria forma dos poemas é indefinida – apesar do poeta manter nos textos uma unidade de sentido do primeiro ao último verso. No primeiro poema já nos coloca a importância do homem que se apropria do mundo e inventa: O homem apropria-se, inventa cântaros. E eu complementaria: inventa cantos. Talvez seja a poesia a forma possível para fazer a arqueologia do universo, do mundo, e da alma humana. A poesia é a arte rupestre que precisa ser decifrada nas suas palavras que são artefatos lógicos e simbólicos. As palavras jogadas no branco da página precisam ser interpretadas como o arqueólogo organiza os materiais que vai encontrando nas suas escavações exploratórias."
( Em breve o livro estará à venda no Clube de Autores)
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