Poema em prosa
VERÃO
Insanas de calor, cigarras zumbem na tarde tórrida. Sobre flores pousando, borboletas sugam o núcleo da Terra. A vida vegeta na súbita eolização do nada. A tarde se dissolve no céu que não ousa esmaecer suas cores. É vitríolo o tempo que de se esgotar não cansa. Agora já podemos cerrar os olhos e incinerar a seiva do instante. A vida não cessa mesmo quando bizarra ou circunspecta.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial