segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Comentário

 




A escritora Cecília Kemel escreveu este belo texto a respeito do meu livro A Conversão da Pedra :
Virgínia: e quem lhe tem medo?
Mais uma vez, Cleber Pacheco escreve, para o mergulho abissal da alma de seus leitores, um romance áspero, sólido e multifacetado, talvez uma de suas produções mais complexas.
“A conversão da pedra” vem protagonizado pelo menino Walter, embora o foco narrativo esteja muito assentado no elemento feminino vivido pela prima Virgínia e sua sensibilidade exposta ao fundo de um forte instinto maternal. De modo que Walter se torna quase um coadjuvante nessa rede tecida com engenhoso labor.
À medida que a narrativa avança, o ritmo se acelera e o enredo se adensa, desafiando o leitor a perseguir a história nos detalhes. O desprezo do autor pelas estruturas tradicionais é, sempre e cada vez mais, um mérito à parte que faz com que o texto se abra a multiplicações interpretativas. Isso permite uma longa viagem que pode caminhar desde o embate entre os anseios masculinos e femininos até os desdobramentos mais íntimos e viscerais de cada ser, suas crenças, suas verdades, sua fé: a pedra humanizada.
Tudo isso, é evidente, e por se tratar de Cleber Pacheco, desenhado com lápis de mestre, em magistral conhecimento linguístico e refinada ourivesaria poética.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial