sábado, 4 de janeiro de 2025

Atlântida

 



Há tanto tempo
o mar não vejo,
que me pergunto:
virou sertão?
ainda há onda
em seu ventre estremunhado ?
ainda reverbera
na insanidade do sol?
Não há respostas
uma vez que
até ele indo,
não reconhecerei
frêmito e afronta,
o mar, em mim,
ainda espraia
seu furor na costa
da antiga Atlântida
e não reconhece
a indiscrição do banal
e dos passeios dos turistas
por areias sintéticas,
o mar, em mim,
mesmo em movimento
repousa
ali onde os deuses
nunca alcançam.

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