Poema de Ana Akhmátova
OS MISTÉRIOS DO OFÍCIO
Não me importa o exército das odes,
Nem o jogo torneado da elegia.
Nos versos tudo é fora de propósito,
Não como entre as pessoas,me dizia.
saibam vocês,o verso,é do monturo
Que ele se alenta,sem vexame disso,
Como um dente-de-leão pegado ao muro,
Anserina,bardana,erva-de-lixo.
Grito de zanga,um travo de alcatrão,
Um bolor misterioso que esverdinha...
E eis o verso,furor e mansidão
Para alegria de vocês e a minha.
(foto: Cleber Pacheco)
Não me importa o exército das odes,
Nem o jogo torneado da elegia.
Nos versos tudo é fora de propósito,
Não como entre as pessoas,me dizia.
saibam vocês,o verso,é do monturo
Que ele se alenta,sem vexame disso,
Como um dente-de-leão pegado ao muro,
Anserina,bardana,erva-de-lixo.
Grito de zanga,um travo de alcatrão,
Um bolor misterioso que esverdinha...
E eis o verso,furor e mansidão
Para alegria de vocês e a minha.
(foto: Cleber Pacheco)
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