SENILIDADE de Italo Svevo
Reler um livro após muito tempo é quase como lê-lo pela primeira vez. O impacto é o mesmo. O que muda e melhora é a compreensão.
Esta releitura que fiz do romance de Italo Svevo, Senilidade, era um projeto que estava em suspenso.Até que resolvi realizá-lo de uma vez.
O primeiro parágrafo já nos prende e esclarece a situação. O personagem Emilio Brentani quer manter um relacionamento sem compromisso com a jovem Angiolina. Ele pensa na sua própria satisfação. Chegou a uma altura da vida em que almeja viver algo mais excitante e prazeroso. Se o mesmo será para Angioli-na,não está interessado. No entanto, no decorrer do tempo, o leitor percebe ser a situação bem diversa. Emilio torna-se uma presa da pequena operária, lasciva e mentirosa, sempre disposta a tirar vantagens fi-nanceiras nos seus casos amorosos. Afinal, ela sustenta a família e esta a usa como fonte de renda. Aqui vemos o outro lado da moeda. Angiolina explora os homens e é explorada pela própria família, conivente com seu modo de vida.A mãe inclusive a ajuda nas inúmeras mentiras. Por outro lado, sem isso a família não sobreviveria. Trata-se de um jogo social repleto de cinismo e crueldade.
Emilio tenta enganar a si mesmo, idealiza a jovem,mas no fundo sabe quem ela de fato é. Ele tem uma visão crítica a seu próprio.. E também é condescendente consigo. A situação vai se tornando insustentável até que o conflito vem à tona com agressividade.
O seu relacionamento desleixado com a própria irmã, tão solitária e triste quanto ele, é um contraponto com a sua subserviência diante de Angiolina. Amalia parece ser virtuosa,por falta de opção. E seu amor tardio e frustrado pelo escultor Balli acaba levando-a a um fim trágico, revelando suas fraquezas e sofrimento.
Este é um romance a respeito não apenas da decadência moral e da miséria espiritual dos personagens. Trata-se de uma história que aborda as dificuldades emocionais e existenciais do ser humano.
O romance até pode se valer de características realistas e naturalistas.Mas mantém características únicas, destacando-se e tendo uma identidade própria.
Recomendo.
Esta releitura que fiz do romance de Italo Svevo, Senilidade, era um projeto que estava em suspenso.Até que resolvi realizá-lo de uma vez.
O primeiro parágrafo já nos prende e esclarece a situação. O personagem Emilio Brentani quer manter um relacionamento sem compromisso com a jovem Angiolina. Ele pensa na sua própria satisfação. Chegou a uma altura da vida em que almeja viver algo mais excitante e prazeroso. Se o mesmo será para Angioli-na,não está interessado. No entanto, no decorrer do tempo, o leitor percebe ser a situação bem diversa. Emilio torna-se uma presa da pequena operária, lasciva e mentirosa, sempre disposta a tirar vantagens fi-nanceiras nos seus casos amorosos. Afinal, ela sustenta a família e esta a usa como fonte de renda. Aqui vemos o outro lado da moeda. Angiolina explora os homens e é explorada pela própria família, conivente com seu modo de vida.A mãe inclusive a ajuda nas inúmeras mentiras. Por outro lado, sem isso a família não sobreviveria. Trata-se de um jogo social repleto de cinismo e crueldade.
Emilio tenta enganar a si mesmo, idealiza a jovem,mas no fundo sabe quem ela de fato é. Ele tem uma visão crítica a seu próprio.. E também é condescendente consigo. A situação vai se tornando insustentável até que o conflito vem à tona com agressividade.
O seu relacionamento desleixado com a própria irmã, tão solitária e triste quanto ele, é um contraponto com a sua subserviência diante de Angiolina. Amalia parece ser virtuosa,por falta de opção. E seu amor tardio e frustrado pelo escultor Balli acaba levando-a a um fim trágico, revelando suas fraquezas e sofrimento.
Este é um romance a respeito não apenas da decadência moral e da miséria espiritual dos personagens. Trata-se de uma história que aborda as dificuldades emocionais e existenciais do ser humano.
O romance até pode se valer de características realistas e naturalistas.Mas mantém características únicas, destacando-se e tendo uma identidade própria.
Recomendo.
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