Ninho
Tudo é vento e transtorno
nos quadrantes semeados
entre corvos e espantalhos
Só o não-tempo
sobrevive para aliciar
cacofonia de agonias geminadas
no desvario do torvelinho
onde o exato se improvisa
quando no intacto brota
o estático que transita
entre penas e raízes
e a estranheza, grávida ave,
sobrepõe indelével ovo.
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