JORGE LUIS BORGES
Entre bibliotecas e labirintos
Borges se despede
dos espelhos.
a claridade como atravessam,
os tigres, as florestas da noite.
Com olhar de cego
vive
como se viver
só existisse ao avesso.
Vidente cego,
encontra Tirésias
e, das trevas remidos,
forjam
punhais como quem conhece
nossos crimes
muito além
de Caim.
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