Num mundo todo vivo
o tempo esqueceu:
viver é desatino,
flor sem gineceu.
O mundo sempre desbota
o tangível e o que tange,
é mão que nunca brota,
dedo sem falange.
O mundo nunca suspeita
do seu duplo assassinato.
Diz sua demência:
"quando morro, mato."
(foto: Cleber Pacheco).
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