Para quem ama os livros ou gosta de história antiga, o livro O Infinito em um Junco de Irene Vallejo é um prato cheio.
A autora aborda a invenção do livro no mundo antigo tendo como ponto de partida a Biblioteca de Alexandria, por si só fascinante. Além disso, dá ênfase ao mundo grego e ao helenismo, bem como ao império romano.
A invenção do papiro, a catalogação, como surgiram os códices, o uso do título, a presença do nome do autor no texto, o sumário e uma infinidade de detalhes é explorada de modo saboroso. A leitura e agradável e leve, apesar da profundidade, pois a autora também comenta livros de outras épocas, conta suas experiências como leitora, faz uma reflexão a respeito das origens dos livros e suas possibilidades futuras. Não se trata de um texto acadêmico frio e formal. A paixão pelos livros é ressaltada em cada linha e conseguimos absorver o interesse e o encanto que ela sente pela leitura.
Com detalhes muito interessantes e minúcias que enriquecem o livro, acabamos mergulhando em suas páginas atraídos pelo fascínio que os livros exercem sobre nós.
Homero, Ésquilo, Sófocles, Eurípedes, Virgílio, Sêneca Plauto e Terêncio, Safo, assim como Paul Auster, Lawrence Durrel, Proust e muitos outros são comentados ,trazendo uma nova luz sobre os autores.
É difícil parar de ler e,ao mesmo tempo, não queremos que acabe. Por aí já se percebe que se trata de uma obra de fato interessante.
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