Tradução
Santosh Bakaya é importante escritora da Índia. Tem diversos livros publicados.
POEMA
Que minha poesia derrame consolo, amor e compaixão
no pequenos anjos especiais e seus cuidadores ainda mais especiais,
e que essas pessoas me ensinem a poesia do amor,
através de sua bondade inocente.
Que eles infundam em minha poesia aquele raro toque de cura.
Não, minha poesia não pede demais.
Minha poesia anseia ser curada com a força robusta de seu espírito,
e apesar de todas as probabilidades me faz cantar canções de esperança e resiliência.
Deixe-me escrever um poema que apague a pobreza opressiva, tão desenfreada.
Com um golpe da caneta, deixe-me remover todos os vestígios de racismo,
patriarcado e desonestidade e estabelecer o humanismo.
Ressuscite os sonhos em olhos mortos, transforme suspiros persistentes
em sorrisos sem fim, conserte melodias quebradas,
transforme este mundo distópico em uma utopia onde reina o amor.
Deixe-me escrever um poema que vai remendar os buracos nas meias do pobre garoto,
onde os dedos trincados e rachados aparecem conscientemente.
Deixe minhas palavras protegê-lo das batidas cruéis da vida.
Sim, deixe-me escrever um poema que irá remover as lágrimas
do rosto de uma criança devastada pela guerra, e o escárnio
do rosto de um auto-intitulado demagogo.
Deixe-me escrever um poema que fará com que os pássaros zombeteiros
cantem com total facilidade.
Sim, dê-me esses instrumentos poéticos, por favor.
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