Remos
Um velho barqueiro remando. Atravessar o rio muitas vezes ao dia, de uma margem à outra, é sua tarefa. Recebe os passageiros cordialmente, aceita o pagamento com gentileza. São infinitamente tristes seus olhos. Suave, a voz. Carrega homens, mulheres, velhos, crianças. Jamais reclama. Jamais fixa o horizonte. Ou as águas. Preso ao barco, nunca abandona seu fardo. Nada o impede de fazê-lo.
(Livro publicado em 2014).
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