terça-feira, 23 de novembro de 2021

GEMA

 


Sol, pai 

de minério e sombra, 

brotar 

do estéril e do instante 

na geometria do Caos,  

embrião de treva e luz

no corpo do inconcluso.


cristalizar 

de imagem em relâmpago ,

esquartejar 

de consistência e cor 

nos ritmos do estático.  

Sopro de brisa  

na calmaria  do desacontecido. 


O que existe 

gesta o parir 

de  prematuro e insano.

Ancião é o Não-Tempo ,

avô de todas as coisas 

expiradas e por nascer, 

sementes 

da lavoura  fecunda 

do  incerto. 


Mais séria é a Morte 

a engendrar 

os arabescos do Espaço, 

arte de inventar 

pedras macerando nuvens  

nas saliências do ausente, 

círculo a converter-se em círculo 

nos estratagemas do silêncio,,

repouso  a rastejar  

as agruras do inquieto. 


Estilete  de gelo é o dia 

a liquefazer

a alvura do branco 

 a sedimentar o claro: 


nascer 

é tão improvável 

que nunca cessa.  

Respirar

o denso  é outro modo 

de liquidar o sólido. 


Deus 

é areia a escorrer 

nas fissuras do  límpido. 

É imprescindível 

criar 

o que já foi inventado.  




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