O HOMEM DO TERNO DE VIDRO de Cláudio B. Carlos
O Homem do Terno de Vidro do escritor Cláudio B. Carlos pode ser lido de várias maneiras. Podemos considerar o livro como a reunião de três novelas interligadas. Podemos ler como um romance . Dependendo do ponto de vista, pode ser o relato de três viagens diferentes, de uma só viagem específica ,de qualquer viagem. Mas em tudo diferente da tradicional literatura de viagem.É um texto original e inquietante, que oferece muitas possibilidades de leitura e de interpretação.
O viajante está em busca de algo,de um novo lugar,de uma nova possibilidade,talvez. Sobretudo, busca o sentido da vida,de sua existência, busca compreender de onde vem a sua dor,a sua sensação de desajuste, de ser gauche na vida, como diria o poeta Drummond. Ele conversa com um interlocutor desconhecido,mas não há diálogo. Trata-se de um monólogo, pois o personagem não encontra respostas para seus anseios, conflitos, para o seu drama existencial. A vida não lhe fornece maiores explicações.Nem as pessoas. Nem as suas experiências.Nem Deus. A pergunta,nunca respondida, vai lhe corroendo as entranhas num questionamento que nunca cessa.Trata-se mais de um conversa consigo mesmo. As palavras expressam um desespero que está sempre presente,mas nunca leva a uma atitude extrema. Sempre remete à palavra seguinte,ao parágrafo seguinte, à viagem seguinte. Como Sísifo, o personagem está condenado às repetições. A angústia torna o suicídio algo iminente, mas que não se concretiza e que permanece enquanto possibilidade sempre à espreita.No entanto, nem mesmo isso representa uma saída ou uma solução. O que há,de fato, é a danação.
As tentativas de organizar a experiência e o mundo de um modo quase enciclopédico reforçam a quase inutilidade do conhecimento. A antiga máxima de Pitágoras do Conhece-te a ti mesmo não é redentora, não apresenta nenhuma possibilidade de salvação. Existir é desbravar a própria angústia.
Sem dúvida é um livro recomendado para quem aprecia a verdadeira literatura e não se satisfaz com a mediocridade editorial que assola nossos tempos. Afinal grandes autores sempre exigem a participação do leitor, fazendo-o refletir ,coisa que poucos estão conseguindo realizar neste século XXI.
Cláudio B. Carlos é um nome para ser lembrado. E que o tempo lhe faça justiça porque ele realmente merece.
( O livro pode ser adquirido no site Clube de Autores).
O viajante está em busca de algo,de um novo lugar,de uma nova possibilidade,talvez. Sobretudo, busca o sentido da vida,de sua existência, busca compreender de onde vem a sua dor,a sua sensação de desajuste, de ser gauche na vida, como diria o poeta Drummond. Ele conversa com um interlocutor desconhecido,mas não há diálogo. Trata-se de um monólogo, pois o personagem não encontra respostas para seus anseios, conflitos, para o seu drama existencial. A vida não lhe fornece maiores explicações.Nem as pessoas. Nem as suas experiências.Nem Deus. A pergunta,nunca respondida, vai lhe corroendo as entranhas num questionamento que nunca cessa.Trata-se mais de um conversa consigo mesmo. As palavras expressam um desespero que está sempre presente,mas nunca leva a uma atitude extrema. Sempre remete à palavra seguinte,ao parágrafo seguinte, à viagem seguinte. Como Sísifo, o personagem está condenado às repetições. A angústia torna o suicídio algo iminente, mas que não se concretiza e que permanece enquanto possibilidade sempre à espreita.No entanto, nem mesmo isso representa uma saída ou uma solução. O que há,de fato, é a danação.
As tentativas de organizar a experiência e o mundo de um modo quase enciclopédico reforçam a quase inutilidade do conhecimento. A antiga máxima de Pitágoras do Conhece-te a ti mesmo não é redentora, não apresenta nenhuma possibilidade de salvação. Existir é desbravar a própria angústia.
Sem dúvida é um livro recomendado para quem aprecia a verdadeira literatura e não se satisfaz com a mediocridade editorial que assola nossos tempos. Afinal grandes autores sempre exigem a participação do leitor, fazendo-o refletir ,coisa que poucos estão conseguindo realizar neste século XXI.
Cláudio B. Carlos é um nome para ser lembrado. E que o tempo lhe faça justiça porque ele realmente merece.
( O livro pode ser adquirido no site Clube de Autores).
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