Conheço bem a savana,
nela até os elefantes morrem
na fome de marfim
que os persegue e dizima
em atos de sobressalto,
antro de repasto e carcaças
onde o viver
se consome e consuma.
Eu sou o voo
que tudo vê,
que é apto e capta
onde a serpente sibila
e depois dissolve as nuvens,
aves voláteis,
suas irmãs de leveza.
Conheço bem os quadrúpedes:
nunca reconhecem os bípedes,
falta-lhes a inteireza que preza
o mundo que não é presa;
o leve sussurro da asa ,
mais que o estrondo, ensurdece
olhos que são só certeza.
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