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quarta-feira, 31 de julho de 2024

Ninho

 


Tudo é vento e transtorno
nos quadrantes semeados
entre corvos e espantalhos
em sul e norte do impreciso.
Só o não-tempo
sobrevive para aliciar
cacofonia de agonias geminadas
no desvario do torvelinho
onde o exato se improvisa
quando no intacto brota
o estático que transita
entre penas e raízes
e a estranheza, grávida ave,
sobrepõe indelével ovo.

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