Pedras e sóis
recolho
num único gesto
concedendo
ao fulgor e ao opaco
o mesmo toque.
Cada digital
é tão antiga
que reconhecem,
os meus dedos,
o nome de todas as coisas,
ainda que mudas.
Pedras e sóis
recolho
num só ato,
sem desfigurar
radiância e fortuito;
minha mão é hábil
para os afrescos
e a arte rupestre.
Pedras e sóis
recolho
e contemplo
o que ninguém ainda desvendou
mas se coaduna
e vai se amalgamando
num só cântico.
(foto: Google imagens)
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