sexta-feira, 22 de julho de 2016

TRANSFUSÃO

Sou assassinado
todos os dias,todos os dias
sangro,morro,adormeço
roído
pelo vitríolo
do nada.
Sou ressuscitado
todos os dias,todos os dias
desperto, vivo na transfusão
da morte e seus estigmas.
Todos os dias
aguardo
transmutação de palavras.
Todos os dias aguardo
 silêncio e madrugada.

(foto: Cleber Pacheco)

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