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sábado, 9 de julho de 2016

Arte Poética

   Na poesia,como em tudo mais,  há arquétipos.
   Por exemplo, T.S. Eliot e Ezra Pound são arquétipos do poeta cerebral,erudito,do poeta fechado em seu gabinete fazendo uma releitura da tradição. Seus escritor exigem conhecimento da história,da poesia e,obviamente,da história da poesia.  São poetas intelectuais.
  No outro lado está Rimbaud,o poeta que mergulhava no inferno,nas visões, o vidente de uma realidade outra em que era preciso adentrar por inteiro para concebê-la. Cheio de som e fúria, vivia a experiência dos limites e além deles. É o arquétipo do poeta que se torna poesia.Mesmo que a tenha abandonado posteriormente.
   Diferentemente do ocidente que reverencia os acadêmicos ou cultua os malditos, o oriente busca uma outra via. E aí temos Tagore, cuja harmonia é capaz de perceber o poética existente num grupo de árvores, na existência,no universo,de modo profundo,mas equilibrado. Sem intelectualismo,sem excesso.
   O ocidente ainda desconfia do equilíbrio e da harmonia e poucos conseguiram compreender a visão de mundo do oriente. Mas Tagore é um exemplo da beleza desse modo de viver.
   De qualquer modo,o importante é que cada poeta revela um modo original de vislumbrar o mundo.

(foto: Google)
   

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