CONHECIMENTO: OCIDENTE x ORIENTE
Há um profunda diferença entre a filosofia ocidental e a filosofia oriental. É interessante compreendermos em que isso consiste exatamente. Não raro existe uma visão superficial e inadequada a respeito do oriente. Muitos entendem que é um pensamento cheio de superstição,misticismo,fantasia. No entanto, a Índia possui um sistema completo para se atingir o conhecimento muito mais rigoroso do que a tão celebrada racionalidade ocidental.
Para não estender em demasia um tema tão amplo e complexo,é necessário efetuar um recorte por meio de um limite estabelecido. Para isso tomarei como base um ponto em comum entre ambas e, a partir daí, realçar as diferenças, tendo como referências o pensamento de Descartes e o sistema do Yoga.
A semelhança é que a filosofia cartesiana, com grande influência no pensamento do ocidente, e o Yoga buscam estabelecer um ponto referencial consistente para que possamos obter o conhecimento verdadeiro, livre de ilusões. Os meios para alcançar isso são, porém, muito diversos.
O pensamento cartesiano propõe um exame criterioso do pensamento com o intuito de eliminar o falso e encontrar o verdadeiro a fim de atingir um ponto de racionalidade indubitável. Segundo ele, o conhecimento estaria no Juízo e não nos sentidos ,suspendendo assim as falsas convicções e estabelecendo a realidade das coisas , defendendo ainda a neutralidade da linguagem. O Juízo seria razão emancipada, capaz de tudo analisar e compreender. Um processo mental cuidadoso,portanto. Em suma, Descartes quer encontrar na mente um lugar seguro para obter o conhecimento e este é o Juízo.
No sistema do Yoga, a mente é fonte de ilusão.Nela não é possível alcançar a verdade, pois " o intelecto é o princípio separativo e constritivo no homem,o qual distorce a sua visão e é responsável pelas ilusões comuns da vida inferior". Assim a visão intelectual é incapaz de realmente ver o Todo.
Se a filosofia ocidental é especulativa e o exercício intelectual é altamente valorizado, assim como a erudição, no oriente a filosofia tem uma finalidade prática: libertar o ser humano do sofrimento.
Para alcançar tal objetivo, o Yoga vai se desdobrando em três etapas fundamentais:
a) Dharana- concentração ;
b) Dhyana- meditação;
c) Samadhi- consciência espiritual.
Apenas em samadhi a verdade pode ser alcançada,pois nele são examinados os conteúdos da consciência. Mas este ainda não é o objetivo final. A meta é ir além dos conteúdos ali existentes para se poder alcançar a Consciência propriamente dita, a única e verdadeira realidade. Portanto, vai muito além da mente comum: trata-se de um mergulho na REALIDADE. " O conhecimento obtido em samadhi (...) não apenas é isento de erro e dúvida,mas relaciona-se com a Lei Cósmica subjacente que governa a manifestação".
" Todo o objetivo e processo do Yoga consiste em retirar a consciência de fora para dentro, pois o supremo mistério da vida está oculto no próprio coração ou centro de nosso ser e somente aí e em nenhum outro lugar ele pode ser encontrado".
Para não estender em demasia um tema tão amplo e complexo,é necessário efetuar um recorte por meio de um limite estabelecido. Para isso tomarei como base um ponto em comum entre ambas e, a partir daí, realçar as diferenças, tendo como referências o pensamento de Descartes e o sistema do Yoga.
A semelhança é que a filosofia cartesiana, com grande influência no pensamento do ocidente, e o Yoga buscam estabelecer um ponto referencial consistente para que possamos obter o conhecimento verdadeiro, livre de ilusões. Os meios para alcançar isso são, porém, muito diversos.
O pensamento cartesiano propõe um exame criterioso do pensamento com o intuito de eliminar o falso e encontrar o verdadeiro a fim de atingir um ponto de racionalidade indubitável. Segundo ele, o conhecimento estaria no Juízo e não nos sentidos ,suspendendo assim as falsas convicções e estabelecendo a realidade das coisas , defendendo ainda a neutralidade da linguagem. O Juízo seria razão emancipada, capaz de tudo analisar e compreender. Um processo mental cuidadoso,portanto. Em suma, Descartes quer encontrar na mente um lugar seguro para obter o conhecimento e este é o Juízo.
No sistema do Yoga, a mente é fonte de ilusão.Nela não é possível alcançar a verdade, pois " o intelecto é o princípio separativo e constritivo no homem,o qual distorce a sua visão e é responsável pelas ilusões comuns da vida inferior". Assim a visão intelectual é incapaz de realmente ver o Todo.
Se a filosofia ocidental é especulativa e o exercício intelectual é altamente valorizado, assim como a erudição, no oriente a filosofia tem uma finalidade prática: libertar o ser humano do sofrimento.
Para alcançar tal objetivo, o Yoga vai se desdobrando em três etapas fundamentais:
a) Dharana- concentração ;
b) Dhyana- meditação;
c) Samadhi- consciência espiritual.
Apenas em samadhi a verdade pode ser alcançada,pois nele são examinados os conteúdos da consciência. Mas este ainda não é o objetivo final. A meta é ir além dos conteúdos ali existentes para se poder alcançar a Consciência propriamente dita, a única e verdadeira realidade. Portanto, vai muito além da mente comum: trata-se de um mergulho na REALIDADE. " O conhecimento obtido em samadhi (...) não apenas é isento de erro e dúvida,mas relaciona-se com a Lei Cósmica subjacente que governa a manifestação".
" Todo o objetivo e processo do Yoga consiste em retirar a consciência de fora para dentro, pois o supremo mistério da vida está oculto no próprio coração ou centro de nosso ser e somente aí e em nenhum outro lugar ele pode ser encontrado".
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