Quantas vezes
o dia dissolveu
sua medula
disposto a mensurar
o que povoa
o íntimo
mais nítido
do tempo?
Eis que o turvo
se escreve
com mãos pálidas
na superfície
insone
das horas
ressaltando
seu livor
no corpo carcomido
da penumbra.
O que se dissolve
é a corola líquida
do instante
a desfiar,
enquanto seiva,
a carne ressecada
do silêncio.
Reparar o dia
é dissipá-lo
com a moeda sorrateira
do finito.
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