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domingo, 3 de abril de 2022

Rosa Saguna, Rosa Nirguna

 

 Vejo a rosa sattvica 

em exata desmedida 

de  pétalas e silêncio, 

única;

desprovida de improviso,

quase o oposto 

duma imagem.

Um modo outro 

de fazer-se vista, 

inencontrada, 

num desconcerto de rizoma,

vívida.

Presente e isenta.

Um modo outro

de expor-se, intocada,

incolor ao tato,

autêntica. 

Uma rosa desprovida,

o entorno,,

tornando viável 

a rosa, o eterno 

conceito do ilógico,

razão original do Impossível. 

Vejo a rosa, 

o seu ato; dispo-me. 

Não para ser visto, 

mas imitação: enigma.  

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