Sol, pai
de minério e sombra,
brotar
do estéril e do instante
na geometria do Caos,
embrião de treva e luz
no corpo do inconcluso.
cristalizar
de imagem em relâmpago ,
esquartejar
de consistência e cor
nos ritmos do estático.
Sopro de brisa
na calmaria do desacontecido.
O que existe
gesta o parir
de prematuro e insano.
Ancião é o Não-Tempo ,
avô de todas as coisas
expiradas e por nascer,
sementes
da lavoura fecunda
do incerto.
Mais séria é a Morte
a engendrar
os arabescos do Espaço,
arte de inventar
pedras macerando nuvens
nas saliências do ausente,
círculo a converter-se em círculo
nos estratagemas do silêncio,,
repouso a rastejar
as agruras do inquieto.
Estilete de gelo é o dia
a liquefazer
a alvura do branco
a sedimentar o claro:
nascer
é tão improvável
que nunca cessa.
Respirar
o denso é outro modo
de liquidar o sólido.
Deus
é areia a escorrer
nas fissuras do límpido.
É imprescindível
criar
o que já foi inventado.
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