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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Leitor

Comentário do leitor Ednèzer von Ritter a respeito do meu romance KOLOSSOS: Os cabalistas diziam para analisarmos os primeiros dias do ano. A primeira e a segunda semana seriam uma amostra ou prenúncio de tudo o que aconteceria pelo ano cabal. Neste início de 2021, prestei atenção nos primeiros dias e, no que tange a essa arte, nada me apareceu tão diferente ao que estamos vivendo. Uma praxe foi leituras de livros nas sagradas férias e um livro que me conquistou foi “Kolossos”. Que narrativa notável. O autor Cleber Pacheco já me chamava atenção por uma característica peculiar: ele parece transitar entre as linhas como se estivesse de mãos dadas com um lince e uma serpente. Sendo assim, nada parece perder-se em seus textos, empregando na arte das palavras precisão, sobriedade e até poderia dizer-se uma fleuma inteligente. Kolossos leva-nos a um tempo ermo, onde os historiadores não puderam penetrar se não através das lendas e mitos. As aventuras dos personagens Shoresh e Samarendra conduzem-nos ao âmago de todo o imaginário das civilizações perdidas, remontando esplendorosamente um cenário marcado por seus ritos, iniciações, simbolismos e todo afã do mundo das férteis e abscônditas confrarias. Há obras, assim como “Kolossos”, capazes de romper com lacres do mundo intocável fazendo, e não seria diferente, as musas transmigrarem. Os campos Elísios são para os audazes, para os poetas e para aqueles na condição de leitor pegarem carona nessa barca, ávidos pelo vislumbre daquilo que chamamos ficção. Obrigado, Cleber Pacheco, por este belo romance.

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