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quarta-feira, 27 de maio de 2020

Resenha


   O escritor  Waldemar José Solha comenta meu novo livro de poesia:

     Hoje, coisa de seis da matina, peguei-o de novo, e - desconfiado - fui à última página , onde me deparei com o pequeno poema sintomaticamente denominado ANAMNESE E DIAGNÓSTICO, que me fez sentir-me em casa, pois me devolveu aos muito juvenis estudos de anatomia em que me empenhei, seguindo o Creative Illustration, de Andrew Loomis, de 1947.

Cleber Pacheco:
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“Meu corpo tem simetria / E a proporção áurea dos gregos, / Meus ossos obedecem / Os mais exigentes arquitetos góticos, / Minhas veias seguem o fluxo / Dos cardumes das hemácias, / Meus órgãos são saudáveis / Como frutos brilhantes ao sol.” PONTO antes do final.
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pra dizer, fora da ordem cronológica, que Cleber Pacheco é Mestre em Literatura Brasileira, tem Licenciatura Plena em Letras e Especialização em FILOSOFIA: Epistemologia das Ciências Sociais. O arremate:
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“A dor que sinto
Começou no dia em que nasci”.
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O poema seguinte, na penúltima página, me levou a outra leitura não tão distante: “Ulisses”, de Joyce, tão logo Houaiss o lançou em 70, onde o dublinense diz:
"Achas as minhas palavras obscuras. A obscuridade está nas nossas almas, não achas?”
Cleber Pacheco abre assim o seu RECURSO DO MÉTODO:
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“É impreciso tatear a claridade
Onde o preciso é obscuro”
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Exatamente o que eu sentira na véspera.
Mais uma página pra trás e lá está: VERBO. São nove breves versos, que começam esclarecendo:
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“A Linguagem da Vida/ Articula / A Linguagem das Palavras”,
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E, lá no fim:
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“A coluna vertebral do sentido”.
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Mais uma página atrás e o tema “claridade” está de volta, em POESIA, com o primeiro verso dizendo, lindamente, a que ela veio: “Acender o sol”. E, na segunda estrofe:
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“Iluminar a Lua,
Clarear a luz,
Molhar a água”.
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Genial.
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Ah, menos uma página e eis o exato momento em que vivo agora:
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“VATICÍNIO
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Certas manhãs desperto
Com o estalar da ratoeira.
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Sei que naquele dia
Necessário não será
Consultar as vísceras das aves”
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OK, OK . Leia o livro
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Cleber Pacheco - segundo a Penalux - tem dezoito obras publicadas: teatro, romance, contos, poesia, crítica literária. E, mais: tem poemas e contos em antologias nos Estados Unidos, Canadá, Índia, Reino Unido e Irlanda e livros de poesia publicados no Reino Unido, Canadá e EUA, recebeu prêmios em teatro, poesia e crônica, seu livro de poesia MYSTERIES foi premiado nos States, e - também conforme a Penalux - é artista plástico autodidata, com pinturas e desenhos publicados em livros e revistas no Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e Índia.


Eliane Pantoja Vaidya, Cláudio B. Carlos e outras 12 pessoas


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