No fedor do suro e do insano
um país apodrece
entre as larvas do velho
e a vivissecção do novo:
pele arrancada, entranhas expostas,
geografia de fomes e medos,
decomposto e coagulado
na ganância insidiosa
de roer a si mesmo,
resquícios de sombra e cadáver
na imolação do vivo:
a devorar organismos e filhos,
Cronos no hospício das gulas.
(imagem: Google)
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