Nunca escrevi nada que não fosse
para dizimar as sementes da morte
florescendo no jardim abissal
inundando cavidades de tristeza.
Nunca escrevi nada que não fosse
colheita nos pomares da morte
ofertando frutos de espanto
em casca,polpa,sumo.
Nunca escrevi nada que não fosse
explorar as selvas da insanidade
onde tigres vagam à espreita
de exploradores e de caças.
Nunca escrevi nada que não fosse
incendiar desertos de angústia
escavando tórridas areias
onde poços ocos transbordam sede.
(foto: Google)
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