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terça-feira, 17 de outubro de 2017

BRUTO


Não bruta é a pedra,
o seixo,mais bruto
é o homem em suas artes de besta,
mais bruta é sua verve
calcinada de veneno,
sua honra espúria,
sua insaciedade de sangue,
mais bruta é a viuvez
da delicadeza em fragilidade
de fio.
Rara é a pedra,
ainda que não lapidada,
em sua aspereza e  crua saliência,
reavivando as ranhuras do corpo
estiolado nas agruras do instinto,
em fragilidade e nudez irrestrita
diante da desumanidade do humano.

(foto: Google)

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