É preciso exercer
a correta arte do abandono:
refugar restos,
romper retalhos,
expelir vômitos.
Só importa
o que nunca
conseguimos ser.
Realmente importa
não recolher refugos.
Não armazenar,
acatar fomes e vazios,
reprisar o nunca acontecido.
Exercer é preciso
a correta arte do desatino
para ter a sensatez
de árvores semoventes.
( foto: Google)
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