Não leio jornais,
mas as folhas das árvores,
as areias do deserto,
o percurso da seiva e das dunas,
a corrosão das formas
destilando o ossário do vivo.
Leio,das aves,as vísceras,
a sua predisposição eólica,
a filigrana das plumas
na expansão do ignoto.
Releio os caracteres do mundo
em sua crosta mimética,
as funduras dos abismos,
a antiguidade das crateras
a escavar as veias do vivo
em ramificação e fluxo
a vislumbrar a transfusão do íntimo
ao calígrafo de tudo.
(imagem: Google)
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