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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Caverna

        I
Figuras silenciam
o que palavras
contemplam.
Rancor e boca
escondem
o que o olhar
geme.
Sombras
projetam
rostos na caverna.
O insuficiente
extrai
sobras
do infinito.

      II

Sombras projetam
olhos
na caverna.
O vento abre
eco indefinido.
Reconhece,
o poço,enfim,
o seu domínio.
Avante,
no céu,
garças delatoras.

(imagem) Google)


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