A arte da escrita é paradoxal. O escritor é pai e mãe de sua obra. No entanto, de um certo modo, o livro nasce por partenogênese, tem vida própria.
Escrever é um ato de sacrifício e de iluminação. Exige trabalho e entrega ao mesmo tempo. É mental e vai além da mente.
É preciso estar inteiramente num livro para que ele ganhe existência. Um mergulho nas profundezas do mar sem fim. E no entanto, é preciso ausentar-se para que o livro venha à tona. Entre presença e ausência, a obra nasce.
Um escritor é um ser ambivalente. Para realmente ser, é aquele que se torna criador e criatura ao mesmo tempo. Ele executa e é fruto do trabalho.
A escrita é um modo de construir desconstruindo, de reinventar e explorar, de partir do conhecido para o desconhecido e realizar descobertas.
Escrever é morrer para poder nascer. A arte da escrita é o trânsito entre a vida e a morte. É uma afirmação da existência.
( Google imagens)
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