Redimensionar mundos
em novas órbitas
e diferentes hemisférios
é mais que projetar lunetas,
reconfigurar geometrias,
é esculpir o som do silêncio
nas crostas do impensado,
é abrir o olho ocluso
dilatando a pupila do entendimento
num ver que desonera
circunferência e curvatura,
retina a desinstalar o real,
pétala que desconfigura
a anatomia da flor,
arte de rastrear o raro
em singular vocabulário,
pedra de toque do abismo,
quadratura do círculo,
enigma a desvincular o vínculo,
constelação de buracos negros
na gematria do Universo.
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