ELA COMPROU O PIANO PARA COLOCÁ-LO NA SALA.
NÃO QUE SOUBESSE,DE FATO,TOCÁ-LO.
NÃO PARA MERO ADORNO.
PELA PRESENÇA.
QUERIA SENTIR A PRESENÇA DELE ALI,A POSSIBILIDADE DAS TECLAS, A POSSI BILIDADE DO INAUDÍVEL SOM PAIRANDO NO AR.
ERA COMO SE PUDESSE SENTIR AS NOTAS E ACORDES EM SEUS DEDOS.OU COMO SE SOUBESSE QUE ALGUM AVANTESMA DE UM FINADO COMPOSITOR RONDASSE O LOCAL.
TALVEZ NEM ISSO.
O FATO É QUE NÃO SABIA AO CERTO.
EVITAVA OLHÁ-LO.
BASTAVA SABER QUE ESTAVA ALI
PASSAVA PELA SALA MUITO CUIDADOSA,COM O TEMOR DE PERTURBÁ-LO.ANDAVA NA PONTA DOS PÉS FEITO BAILARINA.DESLIZAVA EM SILÊNCIO,CABISBAIXA.
COMPORTAVA-SE COMO SE PISASSE EM SOLO SAGRADO.
ACORDAVA DE MADRUGADA,ASSUSTADA,PENSANDO TER OUVIDO ALGUMA COISA.FICAVA IMÓVEL,EM EXPECTATIVA,À ESPERA DE ALGUMA MANIFESTAÇÃO QUASE SOBRENATURAL.DEPOIS VOLTAVA A ADORMECER,MERGULHANDO EM ESTRANHOS SONHOS.
ATÉ QUE,COM O PASSAR DO TEMPO, PRINCIPIOU A COMPOR,HABILIDOSA,OS ACORDES DO SILÊNCIO.
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