NA RETINA,O MAR
TRANSCENDE
AS VAGAS
E SE ABISMA
NO CAVO DO CORPO,
ESCAVA
AS VERTENTES DO ÚMIDO,
REGURGITA CONCHAS
AO ÂMAGO DO NADA.
VAGAS QUE SE LANÇAM
À REFRAÇÃO DO SILÊNCIO,
ESPUMA IMPRESSA
NO PALIMPSESTO DA AREIA,
TINTA SECRETA ENGENDRADA
NAS ILUMINURAS DA MENTE.
MAR TRANSCRITO
NOS CORAIS DA MEMÓRIA,
NAS ESCAMAS DO PRESENTE,
MAR DESFEITO
NA FRACTAL ARQUITETURA
DO RITMO.
NA RETINA,O MAR
TRANSCENDE
O DIA,A TREVA,
CARNE DE IMPULSO E PENSAMENTO
REFUNDANDO O ABISSAL
EM NOVOS NOMES,
MAR ANÔNIMO
NO ARCAICO
DO INSTANTE
DECIFRANDO
A CALIGRAFIA DO OCO,
SINAPSE DAS ENTRANHAS
DO INSTINTO.
NA RETINA,O MAR,
AVANTESMA DA MATÉRIA
EM RETIRO E REDUNDÂNCIA.
MAR EM NAUFRÁGIO
EM OLHOS QUE TRAGAM
O AMPLO
NO INFINITO
DO ÍNTIMO.
(Ilustração de Cleber Pacheco)
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