domingo, 27 de novembro de 2011

OS OLHOS DA LOUCA




A FIGURA À SUA FRENTE PODE SER QUALQUER COISA,DIZEM OS SEUS OLHOS

CADA VEZ MAIS LÍRICOS E SÓRDIDOS.

O QUE TRANSMUTA A IMAGEM NÃO PROVÉM DA RETINA,DO CÁLCULO,

NEM DAS INTRINCADAS CONEXÕES DO CÉREBRO OU DAS COISAS.

O INCONSTANTE FLUXO TAMPOUCO ANIQUILA OU GERA FETOS E ABORTOS.

CULMINA NO REVERBERAR DAS ORIGENS,INCINERA SANTOS E HEREGES,

MESMERIZA ANJOS E SÚCUBOS,

REVERTENDO A VIDA EM CÓDIGOS E SÍMBOLOS INSUSPEITOS,

MUITO ALÉM DOS VELHOS ALQUIMISTAS,

PARA DEGUSTAR A TERRA,O UNIVERSO EM OSMOSE PERPÉTUA.

OS OLHOS DA LOUCA VIBRAM EM INOCÊNCIA

DESVENDANDO O DELICADO VÔMITO DO MUNDO EM AGÔNICO ÊXTASE,

VELADO PELAS FÍMBRIAS DO OCULTO,NO AMOR DO OSTRACISMO,

NO DEBILITADO CORPO DOS FILÓSOFOS,NA OSSATURA DAS BESTAS,

NO COLOSTRO INSANO DA RAZÃO,

NO SÊMEN VIRGINAL DO ETERNO,

NO DESMENTIR PERPÉTUO DOS ÁTOMOS,

NA POESIA NUCLEAR DO COSMO.

OS OLHOS DA LOUCA SILENCIAM E ADVERTEM:

SÓ SE REGENERA O QUE NÃO TEM REMENDO.

1 Comentários:

Blogger Cláudio B. Carlos disse...

Amigo!

Belo poema.

28 de novembro de 2011 às 08:22  

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