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domingo, 9 de janeiro de 2011

VOZES

Falo às pombas,às crianças
o destino das coisas,
o falar mudo daqueles
que transpiram silêncio
em seus discursos.
O que eles me dizem
só eles entendem.
O que lhes digo
só eles traduzem.
Pouco importa
o destino das vozes,
mas o que comportam.

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