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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

VELHO BEETHOVEN


A ti,velho Beethoven,

não só os mistérios

da orquestração;

sobretudo,

a essência

do sonoro,o vibrar

que a tudo move,

a luz no escuro

do acorde,

o íntimo

da nota que cala e acende

o âmago das coisas,

a reminiscência

do inencontrado,

o calar

da anagnorise,

o redescobrir

da enteléquia.

Beethoven,

teu ritmo

é o átomo

do que não poderia ser

e,no entanto,é.

Tua força

sobrepuja

o inviável

e faz,da vida,

o lugar do possível.

Tua miséria

é a nossa,

é a dádiva

que te tornou

aquele

que tocou,por um instante,

o átimo

da perfeição.

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